Adaptações. Não compreendemos, mas não vivemos sem elas!

Olá amigos. A partir de hoje vocês irão  ter a oportunidade de desfrutar da minha companhia aqui no "Sem clichês, por favor". Meu nome é Jefferson Saylon, 19 anos, maranhense, protestante, estudante de Comunicação Social. Sou amigo da autora e administradora Mallú Ferreira com quem iniciei parceria. Atualmente exerço a função de redator-colunista em uma webrádio de vínculo ao público otaku. Mas também sou blogueiro. Sou o administrador do Super Leitura. (www.super-leitura.blogspot.com.br).

Da esquerda para direita: Groover, Annabeth, Tyson e Percy.

Mas chega de falar de mim! Pretendo iniciar minha parceria com um texto bem legal para vocês. Ontem estive no cinema para assistir a um filminho básico. Trabalho escolhido: Percy Jackson e o Mar de Monstros, direção de Thor Freudenthal. Só para deixá-los a par de informações importantes. Sou amante de literatura de fantasia, ou seja, já li a série Percy Jackson e os Olimpianos toda (fato!) de Rick Riordan.

O primeiro filme, como muitos dos fãs dos meio-sangues já sabem, não foi tão bom quanto se esperava. A adaptação deixou de lado muitos elementos do livro. Um exemplo disso é o fato de Annabeth Chase (Alexandra Dadario) estar de cabelos avermelhados e não loiros como a personagem original de Riordan.

Isso foi uma das primeiras coisas a serem "concertadas" no segundo filme (Graças ao bom Pai!)

O cabelo de Annabeth volta ao tom original!

Você pode dizer "eu detesto adaptações!". Por favor, não seja assim. Eu também me entristeço muito quando vejo um bom livro perder seus elementos diante da telona, mas tenho consciência de que isso era meio que necessário. Adaptações, como já sugere o nome, são formas de relatar algo de modo mais sucinto e sem perder a essência. Ou você vai dizer que quando alguém te conta a fofoca a respeito da briga do vizinho foi daquele jeitinho mesmo que aconteceu? "Me poupe Salgadinho!"

Senhor D. e suas piadinhas com nomes

Adaptações para cinema, principalmente de obras literárias, não tem o intuito de representar fielmente o conteúdo expresso em muitas linhas pelo autor. Pelo contrário, elas são como um escape para outras pessoas que não tiveram acesso a leitura (um meio influenciador) ou a oportunidade de expressar a história do ponto de vista de outro observador.

O cavalo marinho Arco Íris ficou show!

Voltado ao filme, tenho que dizer que fiquei muito feliz ao ver o Senhor D, também conhecido como Dionísio, ignorar a presença de Percy com os seus esporádicos "Peter Johnson". O cavalo marinho Arco-Íris também ficou magnífico (ótimo efeito especial). A inserção da personagem Clarisse, que não é muito explorada no primeiro filme foi bem legal. O ciclope Tyson ficou bom também. Assim como Hermes e seu caduceu com as serpentes George e Marta.

Polifemo: ciclope ficou ótimo!

No entanto, nem tudo foi um "mar de rosas". Da metade do filme em diante temos uma alteração significativa na história de Riordan. Os meio-sangues Chris Rodrigues e Silena Bureaugard são apresentados como traidores, enquanto que no livro isso só será descoberto nos livros quatro e cinco. O fato da base secreta de Luke ser um pequeno Iate Andrômeda ao invés do transatlântico Andrômeda. A Maticora personagem do terceiro livro já aparece neste filme. E o pior o de tudo vem agora! O temível titã do tempo Cronos que só despertaria, em Luke, nos últimos livros, é reerguido e temos que nos submeter a uma batalha antecipada entre Percy e o titã.

Dr. Espinho, a Manticora

Em minhas suposições acredito que Percy Jackson só terá mais um filme, pois agora as história dos livros estão muito enroladas. De todo modo a produção não é tão ruim. Efeitos especiais magníficos, boas piadas etc. O que torna o filme muito diferente do livro é a sua preocupação em ser muito "teen". Espero que deem uma oportunidade e vão assistir ao filme. Para quem já leu a série, nada de paus e pedras nas mãos. Quem não, a oportunidade de ver o filme e depois descobrir o que foi que mudou, o que  deveria ter acontecido etc.

Pois então pessoal vou ficando por aqui. Meu conselho é: Adaptações.Não compreendemos, mas não vivemos sem elas! É por elas, e somente por elas, que descobrimos o verdadeiro valor da obra original!

Até a próxima!