sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Série do dia: Hostages (e o porquê não deu certo)



    Grandes poderes geram grandes responsabilidades, é o que dizem. A doutora Ellen Sanders vai entender esse ditado na pele do pior jeito possível. Após ser cotada para realizar uma cirurgia séria no presidente dos Estados Unidos, ela e sua família são surpreendidos por um esquema político para matar o seu paciente. A missão é que ela mate o presidente na mesa de cirurgia, de modo que pareça acidental e por causas normais. Para coagi-la, Duncan Carlisle (o homem a frente da missão) os faz de reféns até que tudo esteja feito. Mas não será tão simples como ele imagina.


    Ellen é uma personagem forte e corajosa, que não abre mão dos seus valores. Diante disso, e do fato de que a operação tem várias falhas, vão acontecendo tropeços e reviravoltas bem interessantes na trama. Em geral, é uma proposta muito boa, e o desenvolvimento dela também foi bem executado. O enredo tenta provar as várias faces de um mesmo objetivo: cada personagem tem um perfil diferente e bem delineado, e isso é um dos pontos mais altos da série.


Porque não deu certo?

   Hostages foi bastante rejeitada pelo público. Pessoalmente, eu não vi problemas tão sérios como comentaram. A atuação de Toni Collete poderia ter sido melhor, com mais expressão e mais dramaticidade. O fator romântico que inseriram entre Ellen e Duncan também ficou fora de contexto, já que não deram continuidade. Mas em geral, foi um roteiro complexo e bastante humanizado. Os episódios finais são emocionantes e cheios de adrenalina, e o fechamento da série fica em aberto. É certo que não duraria muito mais, então o não prolongamento para uma possível nova temporada é previsível. Permito-me, por isso, afirmar que talvez Hostages teria mais sucesso em formato cinematográfico.  



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