sábado, 8 de março de 2014

Resenha: Cinquenta tons do sr. Darcy


Sinopse:
       Imagine Elizabeth Bennet e o sr. Fitzwilliam Darcy, protagonistas de Orgulho e Preconceito, deixando de lado a moral e o recato e dando vazão a seus desejos mais ocultos de forma mais pervertida que Christian Grey e Anastasia Steele, personagens de Cinquenta Tons de Cinza. O resultado: Cinquenta tons do sr. Darcy, a incrível e hilária paródia escrita por um famoso inglês sob o pseudônimo de Emma Thomas.
                                                                                                             (retirado do skoob)


Resenha:

       Uma mistura bastante estranha, essa. A inocência romântica de Orgulho e Preconceito e os tabus sexuais abordados pela trilogia Cinquenta Tons à primeira vista são como água e óleo: não se agregam, compartilham, não se misturam. Mas, vendo mais de perto e por outro ponto de vista, talvez possam ser inseridos um no outro. Certo? Errado.
        O enredo até é bem adaptado, mas acaba por beirar no ridículo. E sim, esse é um princípio básico da paródia, ironizar aspectos de obras que são extensamente criticados literariamente. Mas o autor transforma o protagonista (que é nomeado Fitzwilliam Darcy, mas assume de modo bizarro a personalidade de Christian Grey) em um fresco e assexuado de gostos distorcidos.
       A conversação com o leitor é um recurso bem utilizado, que constitui um dos pontos a favor da obra. Apesar do tom cômico-sexual, o autor utiliza-se de tiradas não apelativas que funcionam como ponto de equilíbrio com alguns momentos que ficaram muito pesados.Não gostei da obra em geral, mas alguns pormenores como esse tornaram a leitura mais divertida.


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